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Provavelmente você já tenha ido a uma das 3,6 mil Lojas Americanas espalhadas por todo o Brasil. Se não foi, é quase certeza que já tenha assistido a alguma propaganda da companhia, seja na TV, outdoors ou na internet.

Sua relevância e consolidação como um dos principais grupos de comércio e varejo do país, fizeram com que a empresa conquistasse cada vez mais clientes, tanto nas suas lojas físicas quanto online.

Porém, a empresa surpreendeu o mercado nacional ao comunicar uma dívida em torno de 43 bilhões de reais. Para explicar um pouco mais sobre como essa crise surgiu e os seus impactos diretos e indiretos na economia, preparamos esse texto.

Então, siga a leitura e entenda o momento pelo qual está passando uma das maiores lojas de departamento e varejo do Brasil.

História das Lojas Americanas

A instituição foi fundada em 1929, por quatro norte americanos que se uniram com o objetivo de abrir uma loja de mercadorias variadas, a preços bem acessíveis, na cidade de Buenos Aires.

Porém, no caminho para a Argentina, os empreendedores conheceram dois brasileiros que os convidaram para visitar o Rio de Janeiro. Essa visita mudou completamente o rumo dos empreendedores, que decidiram abrir a primeira das Lojas Americanas no Brasil.

Como as Lojas Americanas entraram em crise?

As Lojas Americanas estavam com dificuldades para pagar as dívidas com fornecedores, por isso, a empresa tomou dinheiro emprestado em bancos para que o fluxo de compras de mercadorias não fosse afetado.

Porém, após um rombo em torno de 43 bilhões de reais vir à tona por uma inconsistência contábil, a crise das Americanas tomou proporções maiores, já que, além dos fornecedores, foram descortinadas dívidas trabalhistas e com credores financeiros.

Como a crise das Lojas Americanas afeta o mercado

Ao divulgar uma dívida muito maior do que a que estava prevista no balanço financeiro, as Lojas Americanas, que tem bancos como seus grandes credores, gerou um clima de insegurança entre as instituições financeiras.

Depois que anunciou a dívida, que totaliza mais de 43 bilhões de reais, as ações da empresa na bolsa de valores também entraram em queda. Os clientes da loja também podem ser afetados já que, com a crise financeira, a Americanas terá um impacto na reposição do seu estoque.

Além disso, se a empresa encerrar as atividades, mais de 100 mil pessoas que trabalham na instituição, de forma direta ou indireta, sofrerão com o desemprego, o que também afetará o mercado varejista.

Sobre as demissões, a companhia prometeu aos sindicatos que não promoverá demissão em massa ou fechamentos de lojas até a apresentação do plano de reestruturação da empresa ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

Estratégia para se reerguer

Para tentar solucionar o problema, a Lojas Americanas entrou com pedido de recuperação judicial, que é quando a empresa precisará apresentar um plano de recuperação dos seus negócios, o que geralmente envolve renegociação e a concessão de descontos na dívida.

A empresa afirma que busca uma solução a curto prazo para se manter como geradora de milhares de empregos em todo o Brasil, estimuladora da atividade econômica e continuar sendo uma fonte significativa de pagamento de impostos.